Procurador-geral do arquipélago diz que o cânhamo tem enorme potencial econômico
Na sexta-feira passada, o parlamento de Fiji aprovou uma emenda à Lei de Drogas para descriminalizar o cânhamo para abrir caminho para o uso industrial da planta no país. Projeto de lei que autoriza a importação, posse, cultivo, venda e fornecimento de cânhamo industrial.
conforme proposição, as plantas de cannabis contendo até 1% de THC não seriam mais controladas pela “Lei de Controle de Drogas Ilegais”.
Procurador-Geral Aiyaz Sayed-Khaiyum diz que o cânhamo industrial é um recurso lucrativo e amplamente inexplorado na economia global devido a equívocos que o ligam à cannabis, de acordo com Fiji Village.
Segundo ele, o cânhamo e a maconha são derivados da planta Cannabis sativa, mas são cultivados de forma diferente, possuem atributos químicos diferentes e são usados por diferentes motivos.
O cânhamo industrial contém menos de 1% de THC e, portanto, não pode ser usado como droga social, diz Sayed-Khaiyum, que vê um enorme potencial para a economia de Fiji na indústria do cânhamo.
O cultivo de cânhamo é um dos mais versáteis e pode ser usado em uma variedade de indústrias, incluindo alimentos, nutrição, cuidados pessoais, bem-estar, papel, têxteis, materiais de construção, produtos farmacêuticos, alternativas de plástico, biocombustíveis e energia.
De acordo com um relatório recente da Data Bridge Market, esse mercado deverá atingir US$ 63 bilhões até 2029.
Uma análise de 2020 da Prohibition Partners estima que o mercado de cannabis na Oceania – que inclui Nova Zelândia, Austrália, Fiji e outras ilhas vizinhas – pode valer US$ 1,55 bilhão até 2024, com as vendas de maconha medicinal representando quase 40% do mercado.